Entenda porque as mulheres são alvo fácil para a enxaqueca

Entenda porque as mulheres são alvo fácil para a enxaqueca

11 de novembro de 2019

Saúde

Dentro do universo feminino há uma doença crônica que incomoda muitas mulheres: enxaqueca. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, para cada homem há três mulheres convivendo com a doença. Um número importante, cujas consequências atingem não apenas a saúde, mas também suas atividades sociais, familiares e profissionais.

Segundo a neurologista Elza Magalhães, o principal fator para o maior índice de enxaqueca nas mulheres é o hormonal. “Ao longo da vida as mulheres passam por mudanças significativas que fazem seus hormônios oscilarem, como menstruação, gravidez e menopausa, e que embora possam acontecer de forma diferente em cada mulher, em geral essas transformações interferem no limiar de dor e facilitam as crises de dor de cabeça”, explica a neurologista.

O hormônio responsável por estas interferências é o estrogênio, que está ligado à estimulação do sistema nervoso central. E é justamente na menstruação que ele se intensifica.

Ainda de acordo com Elza, as crises de enxaqueca podem diminuir ou cessar durante a gravidez, uma vez que a produção de estrógeno cai para a predominância da progesterona – hormônio que atua como calmante dos estímulos cerebrais.

O processo hormonal durante a menopausa é semelhante ao da gravidez, em que o organismo passa a produzir menos estrogênio, reduzindo as crises.  Mas se a mulher faz tratamento de reposição hormonal, suas crises podem perpetuar.

Hábitos diários para prevenção ou tratamento da enxaqueca:

  • Priorizar o sono com qualidade e obedecer a uma rotina de tempo, com hora para início e término;
  • Praticar exercício físico de forma regular;
  • Praticar atividades de lazer que proporcionem relaxamento;
  • Alimentar-se de forma equilibrada;
  • Beber bastante água;

Dentre as linhas de tratamentos aliadas à medicação prescritas pelo médico e reconhecidas cientificamente já há alguns anos, encontra-se a toxina botulínica A, que atua no bloqueio de neurotransmissores ligados ao mecanismo de dor.