Saiba mais sobre a Doença de Parkinson
21 de fevereiro de 2019
Saúde
Cerca de 200 mil brasileiros sofrem da doença de Parkinson. No mundo, 1% da população acima de 60 anos padece da enfermidade, que é progressiva, neurodegenerativa e afeta várias partes do corpo.
Ela atinge com mais intensidade as áreas do cérebro que controlam os movimentos voluntários. Gerando dificuldades na execução das atividades rotineiras, como caminhar e segurar objetos
A denominação Doença de Parkinson é homenagem ao médico que descreveu o mal, em 1817, James Parkinson. Segundo lembra o neurologista Marcus Vinícius Della Coletta, Secretário do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Ele relata ainda que os sintomas mais evidentes atingem a função motora do corpo. Como tremor das mãos quando elas estão em repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, rigidez muscular, mas podem também afetar outras áreas e provocar alterações do sono, no intestino, dores musculares, alterações na fala e na deglutição.
“Um fator de extrema relevância é o diagnóstico precoce. Pois o controle dos sintomas e a preservação da qualidade de vida são essenciais para o bem-estar do paciente e de seus familiares”.
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por um neurologista. E é basicamente clínico. Faz-se analisando os sintomas, as formas de evolução, a história de outras doenças associadas e o histórico familiar.
Doentes de Parkinson sofrem uma degeneração na região do cérebro chamada Substância Negra. Isso causa deficiência na dopamina (neurotransmissor que controla os movimentos finos e coordenados das pessoas).
Coletta afirma que atualmente já existem vários genes conhecidos que podem interferir no risco de alguma pessoa desenvolver a doença de Parkinson, mas a maioria destes genes sofre influência do estilo de vida e de fatores ambientais para desencadear a enfermidade.
Por isso, pontua a importância de ter hábitos alimentares saudáveis e a realizar atividade física regular, pois essas práticas podem trazer certa proteção adicional contra a doença.
Os pacientes precisam entender que a doença de Parkinson é uma enfermidade crônica, que necessitarão de tratamento constante. Não devem nunca abandonar os cuidados e orientações, pois isso pode agravar o quadro do paciente.
Atualmente, existem duas linhas principais para o tratamento da doença, o medicamentoso e o cirúrgico. O médico afirma que os fármacos atuais ajudam a controlar de modo satisfatório a maior parte dos sintomas. No entanto, os tratamentos cirúrgicos estão ganhando mais espaço graças às técnicas avançadas.
“O Parkinson não tem cura, mas pode ser controlado”, conclui Coletta.