Saiba mais sobre a Doença de Parkinson
4 de abril de 2019
Saúde
Com a expectativa de vida maior, os riscos de doenças crônicas como a de Parkinson aumentam. Para conscientizar e informar a população sobre esse problema que afeta cerca de 200 mil brasileiros acima de 60 anos, foi criado o Dia Nacional do Parkinsoniano, celebrado hoje, 4 de abril. De acordo com o geriatra Rodrigo César Schiocchet, apesar de ainda não ter medicações que impeçam a evolução da doença, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento geriátrico e neurológico são fundamentais para manter a autonomia do idoso.
O médico explica que para os sintomas da Doença de Parkinson serem amenizados é necessário obter o diagnóstico logo no início para que os tratamentos com remédios e terapias não medicamentosas possam ter o efeito desejado. “Lentidão motora, rigidez nas articulações, tremores e desequilíbrio são os principais sintomas, mas também há outros, como diminuição do olfato, alterações intestinais e problemas com o sono”, orienta o geriatra.
O que é a Doença de Parkinson
O Parkinson, descrito pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, é uma doença neurológica, progressiva e não tem cura. Costuma se manifestar entre 60 e 70 anos de idade e atinge o sistema nervoso central, afetando a movimentação muscular do idoso. É caracterizada pela lentidão nos movimentos, tremor que aparece principalmente quando a pessoa está em repouso, rigidez da musculatura e instabilidade da marcha.
Segundo a Associação Brasil Parkinson, esta doença é uma degeneração de células cerebrais que produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. Com a diminuição ou a falta desta substância, os movimentos são afetados, fazendo com que a pessoa desenvolva a Doença de Parkinson.
Tratamento
Com um diagnóstico precoce é possível que o indivíduo tenha uma melhor qualidade de vida e consiga conviver com a Doença de Parkinson por anos. São diferentes tipos de medicamentos que podem ser utilizados no tratamento, mas cada paciente precisa de um acompanhamento individualizado.
O acompanhamento médico regular é fundamental e só tomar os remédios não é o suficiente. Por isso, é necessário um acompanhamento com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos, que são peças-chaves na melhora da qualidade de vida dos portadores de Parkinson, segundo o geriatra. “Além do tratamento clínico, também existem algumas cirurgias que minimizam os sintomas. Mas é preciso uma avaliação criteriosa para saber quem pode ou não se beneficiar com este procedimento”, explica o Dr. Rodrigo.
Hoje, é possível encontrar pacientes com Parkinson com 15 anos de doença, o que antes não era comum. Isso ocorre porque os pacientes são mais bem conduzidos do ponto de vista médico. O geriatra explica que orientar a família em relação aos riscos e aos cuidados mais direcionados permite aumentar a sobrevida e a funcionalidade dos idosos. Assim, com exercícios e adaptações, o portador da Doença de Parkinson pode melhorar sua autonomia e preservar sua independência – mesmo com a evolução da doença.