5 motivos para deixar o açúcar fora do cardápio do seu filho

5 motivos para deixar o açúcar fora do cardápio do seu filho

20 de agosto de 2019

Saúde

As crianças adoram doces, porém, a quantidade de açúcar presente em chocolates, balas, pirulitos e outras guloseimas, principalmente se ingeridas em grandes quantidades, podem gerar problemas sérios para a saúde.

A especialista em obesidade Gladia Bernardi explica que hoje está cada vez mais desafiador educar os filhos a terem uma boa alimentação por conta do marketing feito pela indústria alimentícia. “O esforço dos pais deve ser constante e diário. Inúmeras pesquisas apontam que o açúcar em excesso não faz bem ao organismo. No caso das crianças, o consumo exagerado do açúcar na infância causa o vício nos alimentos doces. E esse vício alimentar é levado para a vida toda”, alerta.

Gladia lista 5 motivos para deixar o açúcar fora do cardápio do seu filho:

Crianças são atraídas pelo emocional, e não pela fome

Na maioria das vezes, as crianças sempre escolherão seus alimentos considerando aquilo que seus olhos veem, ou seja, vão optar pelas comidas mais atrativas visualmente, agindo emocionalmente na escolha dos alimentos.

“Muitos produtos destinados ao público infantil trazem na embalagem figuras de personagens, super-heróis e princesas. Esse fato pode seduzir a criança, que acaba preferindo esse alimento por achar bonito. Afinal, qualquer personagem de desenho animado ou de filmes é mais interessante do que a cor de uma maçã, por exemplo. O nosso cérebro é movido por coisas que nos chamam a atenção, ainda mais quando somos crianças”, comenta a especialista.

Doenças

Os saborosos alimentos com açúcar, principalmente em grande quantidade, geram graves problemas de saúde. Pode afetar nosso sistema imunológico, físico e psicológico.

“A má alimentação é um dos fatores externos responsáveis pelo aparecimento do câncer. Ou seja, a doença se desenvolve não por ser genética e sim por maus hábitos da pessoa, entre eles a má alimentação. Além disso, problemas cardíacos também podem estar relacionados com o excesso de peso. Por isso, sempre digo que o ideal seria cortar o açúcar da nossa rotina. Porém, como isso é uma medida muito drástica, diminuir é o melhor caminho, sempre buscando o equilíbrio”, comenta.

Problemas psicológicos

Tudo que é consumido em excesso acaba se tornando um vício, utilizado normalmente para preencher algum vazio na vida do indivíduo. O açúcar estimula a produção de um hormônio chamado dopamina, que é responsável pela sensação de bem-estar. A ansiedade e o nervosismo também são gatilhos para a compulsão alimentar, pois o açúcar proporciona satisfação e prazer momentâneo.

“Muitas pessoas comem para se sentir melhor. E esse remédio tem um efeito colateral danoso, pois o alimento se torna ‘comida’ para a alma e para o corpo e resulta em excesso. Nesse cenário, você come para não ter sentimentos desagradáveis e se sentir melhor diante de situações como tristeza. O fato é que, muitas vezes, não encaramos a obesidade como um vício, quando na verdade é”, enfatiza Gladia Bernardi.

A especialista ainda explica que depois dos sucos de frutas com açúcar, a mãe costuma oferecer outras coisas pouco saudáveis, como sorvete e doces industrializados. Nesse momento, o cérebro da criança começa a ter acesso a guloseimas saborosas, como brigadeiro, refrigerante, cachorro-quente e hambúrguer. “Esses doces liberam serotonina no corpo humano, fazendo com que a criança seja dependente do açúcar”, completa.

Industrialização

A maioria dos alimentos que contém açúcar é feito industrialmente, ou seja, passa por diversos processos químicos, com presença de elementos tóxicos e prejudiciais à saúde.

“Mesmo vivendo em um mundo industrializado, é uma opção dos pais. Não é o meio que escolhe quem você vai se tornar, quem os filhos vão se tornar, quais doenças os pais e os seus filhos terão: quem escolhe são os pais”, salienta a nutricionista.

Aparência

O consumo excessivo de açúcar também pode causar vários danos ao organismo. Pode afetar a pele e os cabelos das crianças/adolescentes – principalmente as que ainda estão em fase de crescimento e na puberdade. Alguns desses efeitos negativos são as acnes, a oleosidade, o envelhecimento precoce da pele, a queda dos cabelos, inflamações, etc.

“O adulto que baniu, ou pelo menos diminuiu, o açúcar da sua vida e da dos seus filhos, educando a família a comer comida de verdade, está cuidando da saúde e pensa em si mesmo e em seus familiares. O que muitos não sabem é que o açúcar está presente em diversas formas na composição dos alimentos, e uns são mais tóxicos que outros, ou seja, causam danos para o corpo”, finaliza.